Comentado pela mítica dupla formada pelo Carlos Barroca e pelo prof. João Coutinho, o programa criou toda uma geração de fãs do basquetebol, num tempo em esse estava longe de ser um dos desportos mais populares em Portugal. O programa incluía sempre meia hora de diferentes rubricas com os melhores momentos da semana, os melhores triplos, os melhores afundanços, os melhores passes, os melhores desarmes de lançamento (ou seriam contras?), e depois seguia para um resumo alargado do melhor jogo da semana.
Acho que o sucesso do programa se deveu a duas coisas, por um lado não estávamos habituados a todo aquele espectáculo a rodear um evento desportivo, desde os separadores com música ao ambiente festivo dos jogos e até a cores berrantes dos equipamentos, bem diferentes dos equipamentos mais sóbrios usados na Europa; por outro lado, o programa apanhou um dos melhores períodos da NBA, em que coexistiram uma série de monstros sagrados do basquetebol.
Era o tempo dos LA Lakers do mágico “Magic” Johnson, os Chicago Bulls do incomparável Michael Jordan, os tão irlandeses Boston Celtics do Larry Bird e do John McLane, os Detroit Pistons do Isiah Thomas e dos seus colegas peritos na defesa que ficaram conhecidos como os “bad boys”, eram os Utah Jazz dos “mailman” Karl Malone e do mestre das assistências John Stockton ou os Portland Trail Blazers do extraordinário Derek Harper. Depois ainda militavam na liga o “one man show” Charles Barckley, então nos Philadelphia 76ers, o desvairado Dennis Rodman, o “almirante” David Robinson e o brilhante Reggie Miller.Continuo a gostar de ver um bom jogo da NBA, mas já não tem a magia que tinha então, talvez porque grande parte destes nomes já fazem parte do passado do jogo, ou porque tudo aquilo tinha muito mais encanto quanto eu tinha 9 ou 10 anos. Ficou desse tempo o facto de eu ainda hoje tender a torcer pelos LA Lakers, mesmo que o “Magic” já tenha deixado de jogar à mais de uma década.






