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Só nos ultimos 10 anos foram descritas 350 novas espécies de animais nos Himalaias. Zonas de acesso extremamente dificil, os Himalaias sempre foram uma região de dificil acesso, não sendo diferente a situação dos biólogos e naturalistas. Contudo, esforços recentes levaram à descrição de “244 plantas, 16 anfíbios, 16 répteis, 14 peixes, duas aves, dois mamíferos e pelo menos 60 invertebrados”. São sobretudo de salientar as descobertas de novos vertebrados, pois estes são os grupos mais bem estudados e já são raras as ocasiões em que novas espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos são descritas.
Estas descobertas demonstraram claramente a riqueza destas regiões remotas. São também uma nova chamda de alerta para a problemática das alterações climáticas, pois as regiões de alta montanha estão entre aquelas que mais têm sofrido os seus efeitos, com subidas rapidas das temperaturas médias e dramáticas alterações nos habitats alpinos. O exemplo clássico são "as neves do Kilimanjaro", já practicamente não existentes, mas estima-se que a nível mundial cerca de 50% dos glaciares de montanha tenham já desaparecido, acarretando não só alterações nos habitats das espécies de alta montanha e a sua ameaça de extinção, mas também o desaparecimento rapido destes que são os mais importantes reservatórios de água doce para abastecimento humano. Convém lembrar que os glaciares alpinos são a fonte da esmagadora maioria dos nossos grandes rios e, por exemplo, no caso dos Himalaias, são a origem de todos os grandes rios asiáticos, de cuja água doce depende um população de 2 biliões de seres humanos.
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