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Este país, que invadia impunemente outras nações, gozava com as instituições internacionais vergando-as sob o seu imenso poderio político e militar, um estado que se achava no direito de controlar os acontecimentos que se passavam noutros estados, que derrubava regimes só porque estes se recusavam a prestar-lhe vassalagem, um país que armazenava um infinito arsenal do mais terrível pesadelo de guerra alguma vez sonhado num pesadelo humano. Um país que desprezava todos os outros, que desprezava o bem-estar dos seus cidadãos, que desprezava o bem-estar do próprio planeta, que em nome da defesa da liberdade retirava, uma a uma, as liberdades pelas quais o seu povo tinha lutado durante incontáveis gerações. Um país que envergonhava o próprio conceito de democracia, mas que a usava como pretexto para invadir as pobres nações miseráveis que se entrepusessem entre eles e os recursos que desejavam. Um estado que mantinha campos de concentração onde prendia e torturava os seus inimigos e inúmeros inocentes, culpados apenas de terem estado no local errado à hora errada. Um país que defendia a liberdade religiosa mas mostrava querer iniciar uma cruzada fundamentalista cristã contra a fé islâmica, que apoiava os judeus por serem ricos e poderosos, mas abandonava ao seu destino até os próprios cristãos só por serem pobres e não lhes terem nada a oferecer. Que país seria este?
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Não seria já altura de a Europa rever quem realmente queremos como nossos aliados?
* governo esquizo-totalitário: um governo totalitário que sofre de esquizofrenia, mostrando por isso duas personalidade ligeiramente distintas, uma democrática e outra republicana.
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