terça-feira, fevereiro 01, 2011

1, 2, 3, 4... 7 mil milhões!!!

A National Geographic começou este mês uma série de artigos sobre a problemática da explosão demográfica, sob o pretexto de 2011 ser o ano em que a população humana vai ultrapassar a marca dos 7.000.000.000, ou por extenso sete mil milhões!!!
O problema da explosão demográfica é talvez a mais grave crise que a humanidade enfrenta actualmente e certamente a maior que já enfrentou. Isso deve-se ao facto deste aumento desenfreado de população exacerbar todos os outros problemas, sejam eles o aquecimento global, a pobreza ou a excassez de recursos. por muito que tentemos reduzir as emissões de carbono per capita, uma população em crescimento eterno irá sempre derrotar esses esforços. por muito que tentemos combater a pobreza ou minimizar as desigualdades para oferecer os mesmos recursos a todas as pessoas do mundo, o aumento desenfreado da população irá sempre levar-nos cada vez mais perto do limite de recursos possíveis de extraír do planeta... e para muitas pessoas esse limite já foi ultrapassado.
A verdade é que é dificil analisar este tema sem desesperar, todos os prognósticos levam-nos sempre para um pesadelo Malthusiano de miséria, fome e guerras globais pelos recursos restantes. A única boa notícia é que o crescimento da população está a abrandar e é expectável que a população humana se estabilize na segunda metade do século XXI graças á crescente alfabetização das populações e à consequente diminuição das taxas de fertilidade. Infelizmente, mesmo a estimativa mais optimista da ONU estima que essa estabilização se dê nos 8,5 mil milhões, as estimativas mais pessimistas apontam para os 10,5 mil milhões. Parece óbvio que o mundo já está nos limites hoje em dia, a chegar aos 7 mil milhões. O que se pode esperar quando somar-mos mais 2 ou 3 mil milhões?
Outro problema é a crescente desigualdade da distribuição da população, que se concentra cada vez mais nos países sub-desenvolvidos, na Ásia, África e América do Sul. O mapa abaixo mostra o aspecto que o mapa-mundo teria se a área de cada país fosse proporcional à sua população.


Mas esta não é a única desigualdade que o mundo evidência. Também a riqueza está distribuida de forma muito desigual, concentrada, na América do Norte, na Europa e Japão e cada vez mais também na China. O mapa abaixo faz o mesmo exercício do anterior, mostrando o aspecto que o mapa-mundo teria se a área de cada país fosse proporcional à riqueza que virá a ter em 2015.


Neste mapa, e com a excepção da China, as regiões mais populosas do mundo quase desaparecem, assim percebemos que a explosão demográfica tem outro resultado: um constante aumento das desigualdades sociais no mundo. Os países pobres vão ter cada vez mais pessoas a dividir os seus recursos, tornando-se cada vez mais pobres per capita. isto mesmo sem ter em conta que o países ricos utilizam o seu poder económico e militar para roubar vastas quantidades de recursos desses países para abastecer as suas populações relativamente estáveis e sempre sedentas de maior riqueza.
Gostaria de acabar numa nota positiva, numa solução que ainda que difícil nos oferecesse uma possibilidade de futuro risonho... infelizmente essa solução ainda não foi inventada. podemos lutar para levar o planeamento familiar a mais países, impedir as grandear diminuir as desigualdades económicas e combater a miséria. podemos fazer tudo issos religiões de convencer os pobres de espírito com a sua cartilha do "crescai e multiplicai-vos", tent, mas a demografia não vai mudar de um dia para o outro e, como tantos outros problemas, ontem já era tarde para resolver esta tragédia. ninguém consegue verdadeiramente imaginar o que vai ser o mundo em 2050, mas a menos que a ciênciaainda mais sobrelotado, ainda mais desbastado dos seus recursos, com muito menos biodiversidade, com muita mais pobreza e quase de certeza muito menos seguro e feliz, ainda mais assolado pelas guerr invente algo de verdadeiramente extraordinário e revolucionário, vai ser um mundo as e pela violência que hoje em dia e muito, mas muito mais perto do limite... ou talvez simplesmente muito mais além do limite do que aquilo que já estamos hoje.

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