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Hoje fui ver o Senhor da Guerra, um filme como o Nicholas Cage, sobre um traficante de armas. Adorei o filme e recomendo vivamente. A interpretação do Nic Cage está brilhante, mas acima de tudo gostei da história. O filme conta a história do tal traficante, desde o seu inicio pereclitante no bairro russo de Nova Iorque até se tornar um dos mais bem sucedidos vendedores de morte e destruição do mundo. O filme, inspirado em factos reais, mostra esse mundo paralelo dos homens que se mexem nos bastidores para manter acesos todos os conflitos e banhos de sangue que nos enchem as notícias. Simples, directa e impiedosa, a história mostra-nos a questão do mercado de armas sem tabus, desde o lado humano de como alguém se pode tornar uma personagem tão vil (ele fazia-o porque aquilo era o que ele era realmente bom a fazer), até aos aspectos históricos, de como o trafico foi evoluindo ao longo das ultimas décadas, durante a guerra fria, no pós-guerra fria, até ao actual caos político mundial. Fala também do lado político, acabando o filme com uma constatação simples (não estou a revelar o final do filme, esta constatação é simplesmente uma frase que aparece depois do filme acabar, ao jeito de epílogo): os maiores traficantes de armas do mundo são os governos dos EUA, China, Reino Unido, França e Rússia, coincidentemente os 5 membros permanetes do conselho de segurança da ONU e, como tal, aqueles que mais poder têm sobre as guerras que vão grassando por esse mundo fora. É perverso, é nojento, e é o mundo em que vivemos!