domingo, dezembro 02, 2007

Eles

Não há nada mais típico na nossa linguagem do que o "Eles". Eles são os actores incógnitos, incertos e invisiveis de todas as coisas. Eles podem ser os responsáveis pela cura do cancro, assim como eles podem ser os responsáveis pela fome em África. Eles surgem habitualmente em frases como: "Vi ontem na televisão que eles vão fazer uma nova barragem no Rio Lima" ou "Eles poem lixo lá em cima no céu e depois o tempo anda assim todo avariado" (esta da autoria da minha avó).
Quem são eles? Ou quem são Eles? Ou quem são E.L.E.S.?
Serão as Empresas Lituanas de Estivagem e Saúde? Ou o Estado Liberal das Elites e do Sócrates? Caraças, agora que escrevi Sócrates neste post tenho de passar a explicar aos senhores que lêm estas coisas que não me referia aqui ao Sr. Dr. Eng. José Socrates, ilustre primeiro ministro da República Portuguesa. Não. Pensava eu num filósofo grego, há muito especializado na arte de fazer de tijolo. Ou esperem, não, era o grande Sócrates, o número 10 da selecção brasileira que deslumbrou no Mundial de 82, para depois perder o tornéio para a Itália.
Aliás, eu nem queria ali escrever Sócrates, referia-me à Só Crates, uma empresa especializada na empacotagem e transportes de volumes em caixotes (ou em inglês crates).
Mas falava eu dos tais eles. Dos quais posso dizer que eu não sei quem são. Serão eles que leêm ou ouvem o que o pessoal diz e depois os despedem da função pública, ou serão eles quem pôs o Bush no governo dos Estados Unidos. Eles, onde quer que estejam, posso juntar-me a vocês? Assim passariam a chamar-se Nós, o que tinha a vantagem principal de poder ser o acrónimo do Núcleo Oftalmológico de Souselas, que ainda por cima era coisa que dava jeito da maneira que devem andar os olhos de quem tem de navegar todos os dias de pestanas ligadas pelos ares que circundam a cimenteira que a Cimpor tem por lá.
Caros leitores, se ainda estão a ler... pá é que não devem mesmo ter nada de útil para fazer!

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