quinta-feira, janeiro 05, 2006

Quintas-feiras culturais XVII

Quantas vezes não damos por nós a rir, quando o que nos apetece realmente é chorar. Não estou a dizer que se seja o meu caso hoje, mas há dias assim. Assim como os devia haver para o poeta António Patrício que escreveu este poema:

De que me rio eu?... Eu rio horas e horas
só para me esquecer, para me não sentir.
Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;
passo a vida febril inquietantemente a rir.

Eu rio porque tenho medo, um terror vago
de me sentir a sós e de me interrogar;
rio para não ouvir a voz do mar pressago
nem a das coisas mudas a chorar.

Rio para não ouvir a voz que grita dentro de mim
o mistério de tudo o que me cerca
e a dor de não saber porque vivo assim.

António Patrício

5 comentários:

Filipe disse...

Uau, comsegui escrever um comment antes da Lótus Azul, FANTÁSTICO Mike!
Parafraseando Jorge Palma: "Deixa-me rir..." :))

Ana Elias disse...

Ouve lá, ó Filipe... isto é algum tipo de provocação, ou assim?

Tu queres apanhar?

Vê lá, vê....

Ó Pedro, vê lá se pões este teu amigo na ordem ;)

Unknown disse...

Meus amigos, entendam-se entre vocês...


E já agora, deixem-me que vos diga que até é bastante agradável para o meu ego ver que já há quem anda quase à chapada só para ser o primeiro a comentar um post meu...
Até digo mais, já ganhei o dia!

um abraço lusitano para ti Filipe!

Ana Elias disse...

"um abraço lusitano para ti Filipe!"

Mas o que vem a ser isto??? e a mim, não me mandas nada? Tu estás a tomar partido Pedro. Ai estás, estás!

Agora vou ali amuar um bocadinho...

Unknown disse...

É que o Filipe está fora do país e já não o vejo à mais de um ano...


Era mais o que me faltava eram cenas de ciumes entre os "clientes" do meu blog! Olhem que isto...