Quando um gajo vai às compras, e enfatizo aqui a palavra gajo, porque as mulheres não parecem padecer desse problema, a coisa ganha sempre contornos de missão impossível. Por mais vezes que vá à porcaria do supermercado tenho de passar sempre horas a procurar as coisas que quero.
Há quase três anos que vou ao mesmo Feira Nova, mas mesmo assim continuo a deambular pelos corredores, meio perdido, à procura dos produtos. Ainda ontem, precisava de comprar molas para estender roupa, ora na minha infinita ingenuidade, achei que as molas estariam perto do detergente para a roupa, afinal, o uso das molas vem no seguimento do uso do detergente. Nem andei muito longe, mas o raciocino deles foi o inverso e puseram as molas ao pé das tábuas de engomar…
Depois foi o caos da escolha do champô. Escolher uma das trezentas marcas é fácil, escolho sempre a mais barata (passo a publicidade, mas é o Fructis). Por acaso até era engraçado comparar a composição química dos champôs para ver se realmente tem alguma diferença. Depois vem a parte realmente difícil. Há os champôs para cabelos oleosos, secos, semi-secos, com tendência a oleosos, etc. Depois há um champô contra a caspa, outro para evitar o regresso da caspa. Existem uns que são fortalecedores, outros são amaciadores, outros rejuvenescem o cabelo, tornam-no mais moldável, ou mais brilhante, até deve haver um que faz o cabelo falar. Também há uns para cabelos louros ou morenos, no meio disto tudo como é que se escolhe? Como? Antigamente existiam uns que diziam simplesmente “para cabelos normais”, o que eu imagino que queria dizer que era uma espécie de champô standard, agora já não existe esta versão tão simples.
Nível seguinte: escolher iogurtes. Antigamente os iogurtes serviam para comer, mas agora não. Curam o colesterol, ou a aterosclerose, fortalecem o sistema imunitário ou facilitam a digestão. Quanto isto é fácil, estou-me pouco marimbando, escolho apenas pelo sabor, mas até aqui me conseguem lixar. Inevitavelmente, quando aparece um sabor novo que me agrada, desaparece imediatamente e nunca mais o volto a ver. Ainda há duas ou três semanas experimentei uns iogurtes com sabor a batido de morango (eu sei… mas há coisas mais estranhas!). Ora já os procurei várias vezes mas nunca mais os vi. Não, não sonhei com os iogurtes!
Deve ser a história dos caçadores-recolectores. Os homens não evoluíram no sentido de recolher produtos de supermercado, costumávamos caçar. Escolher cenas para comprar está para lá das capacidades do nosso pequenito cromossoma Y. Afinal, não existiam dezenas de variedades de mamute à escolha para caçar, se apanhássemos um já era muito bom. A mamute caçado não se olhava o dente…
Há quase três anos que vou ao mesmo Feira Nova, mas mesmo assim continuo a deambular pelos corredores, meio perdido, à procura dos produtos. Ainda ontem, precisava de comprar molas para estender roupa, ora na minha infinita ingenuidade, achei que as molas estariam perto do detergente para a roupa, afinal, o uso das molas vem no seguimento do uso do detergente. Nem andei muito longe, mas o raciocino deles foi o inverso e puseram as molas ao pé das tábuas de engomar…
Depois foi o caos da escolha do champô. Escolher uma das trezentas marcas é fácil, escolho sempre a mais barata (passo a publicidade, mas é o Fructis). Por acaso até era engraçado comparar a composição química dos champôs para ver se realmente tem alguma diferença. Depois vem a parte realmente difícil. Há os champôs para cabelos oleosos, secos, semi-secos, com tendência a oleosos, etc. Depois há um champô contra a caspa, outro para evitar o regresso da caspa. Existem uns que são fortalecedores, outros são amaciadores, outros rejuvenescem o cabelo, tornam-no mais moldável, ou mais brilhante, até deve haver um que faz o cabelo falar. Também há uns para cabelos louros ou morenos, no meio disto tudo como é que se escolhe? Como? Antigamente existiam uns que diziam simplesmente “para cabelos normais”, o que eu imagino que queria dizer que era uma espécie de champô standard, agora já não existe esta versão tão simples.
Nível seguinte: escolher iogurtes. Antigamente os iogurtes serviam para comer, mas agora não. Curam o colesterol, ou a aterosclerose, fortalecem o sistema imunitário ou facilitam a digestão. Quanto isto é fácil, estou-me pouco marimbando, escolho apenas pelo sabor, mas até aqui me conseguem lixar. Inevitavelmente, quando aparece um sabor novo que me agrada, desaparece imediatamente e nunca mais o volto a ver. Ainda há duas ou três semanas experimentei uns iogurtes com sabor a batido de morango (eu sei… mas há coisas mais estranhas!). Ora já os procurei várias vezes mas nunca mais os vi. Não, não sonhei com os iogurtes!
Deve ser a história dos caçadores-recolectores. Os homens não evoluíram no sentido de recolher produtos de supermercado, costumávamos caçar. Escolher cenas para comprar está para lá das capacidades do nosso pequenito cromossoma Y. Afinal, não existiam dezenas de variedades de mamute à escolha para caçar, se apanhássemos um já era muito bom. A mamute caçado não se olhava o dente…
5 comentários:
Estou na caminha com um ataque de sinusite + uma virose, e o resultado ao ler este post foi que as gargalhadas resultaram num valente ataque de tosse. Obrigada, Pedro! Adoro iogurtes, e se pudesse era deles que me alimentava em exclusivo. agora ando numa fase de adágio pedaços de limão; adágio tarte de limão e adágio chocolate. Também gosto de danoninhos, e de todos os iogurtes que venham em frasco de vidro. Experimenta. Se tiveres dificuldade dá-me a tua lista e determina o plafond que eu faço-te as compras. adoro fazer compras. As molas da roupa devem condizer com a cor dos azulejos da cozinha. e o shampoo deves alternar entre um para fortalecer (só naquela de prevenir) e outro para cabelos normais (que ainda existem). O sabão azul e branco també lava bem o cabelo, e as borras de café dão-lhe um brilho fenomenal,no teu caso que és moreno (versão loura, consegue-se o mesmo efeito com sumo de limão). Qualquer dúvida contacta-me.
pior que ir às compras e ter de escolher um singelo tipo de iogurtes dentro da plétora (sempre quis usar esta palavra num post...) de iogurtes comercializados em portugal, é ter que o fazer com a respectiva progenitora ao lado. novos limites de paciência são atingidos...
abraço e bom 2006
pá! eu sou gaja e tenho sempre problemas semelhantes... mais na escolha dos produtos. Embora eu queira sempre coisas esquisitas, e não as standards ou normais! É do tipo: e o champoo pós cabelos com caracóis? PORQUE É QUE ESTÁ ESGOTADO O MEU CHAMPOOOOOO???!?!?!?!?! E O MEU CREME, NÃO HÁ PQ!?!?!?!?!? Em relação aos iogurtes, só com fruta (adoro comer pedaços), mas os mais baratos... tenho que olhar pro prazo, não vão eles estragar... enfim! ok... pronto! retiro o que disse... pareço uma gaja típica a falar! oh socorrooo! tenho dois cromossomas X e não o consigo esconder! ;)
Obrigado pela pérolas de sabedoria Lótus, és uma verdadeira fada do lar! Se bem que isso das borras de café no cabelo... deves estar a gozar comigo.
Paulo e Nokas, como eu vos compreendo...
abraços para o Paulo e beijinhos para as meninas.
Não, não estou. É mesmo verdade que o café é um abrilhantador de cabelo castanho... e além disso funciona também como um excelente exfoliante para as pernas antes da depilação, mas isso imagino que não te seja útil...
Pedro... nunca compres molas de madeira... só de plástico, ok? Duram mais... muito mais.
Eu não sou fada do lar. Destesto cozinhar e passar a ferro, mas limpezas, detergentes e deixar tudo num brinco, adoro. Sei que é escandaloso, mas adoro limpar.
Bolas Nokas eu sou todinha X e não o quero esconder. Orgulha-te mulher! sai do armário. O XX tem imensa qualidade.;)
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