quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Bullying de estado


Caros compatriotas, estamos a ser vítimas de contra-bullying. Perguntam vocês, o que é contra-bullying? Contra-bullying é como eu chamo à reacção, por vezes exagerada, que as vitimas de bullying podem desenvolver, que podem chegar a casos extremos de violência que culminam em homicídio.
Pois digo-vos que estamos a ser vitimas de contra-bullying por parte do primeiro-ministo Passos-Coelho. Ele foi, obviamente, vitima de bullying quando era mais jovem. Na verdade não tinha grande hipoteses, é um xoninhas, caixa-de-óculos, com pouco dom da palavra e carisma nulo. É menino bem, filho de paizinho com dinheiro e nunca teve de fazer nada para chegar a algum lado na vida. Devia levar porrada dia sim, dia sim, devem ter-lhe roubado as cuecas e os sapatos centenas de vezes, foi gozado durante anos a fio (na verdade continua a ser, mas agora merece!).
As pessoas que passam por este tipo de violência física e psicológica podem seguir dois caminhos. Alguns ultrapassam o sofrimento, conseguem crescer como pessoas, desculpar, e tornam-se membros úteis da sociedade. Outros, como o nosso primeiro-ministro, nunca conseguem ultrapassar o trauma e vivem limitados o resto da vida, escondidos debaixo de uma casca de ódio pela humanidade e pela sua própria fraqueza. Estas são as pessoas realmente perigosas pois irão tentar vingar-se não contra os seus bullies, mas contra toda a gente. Estas vitimas de bullying tornam-se elas próprias uma espécies de bullies-xoninhas, que não tendo a força física nem psicológica dos verdadeiros bullies, usam outras armas, como a política ou o dinheiro, para brutalizarem o próximo.
Ao longo dos seus primeiros meses de governação, este governo limitou-se a brutalizar o povo, sem mostrar qualquer intenção, nem capacidade, de enfrentar e resolver a crise que nos assola. Esta falta de lógica, esta incapacidade de ser racional, são tipicas do bullying, mas a prova definitiva foi a frase recente em que o primeiro-ministro chamou ao portugueses "piegas". Na sua voz ouvia-se o tremor de alguém a quem chamaram piegas centenas de vezes, alguém que se sentiu humilhado vezes sem conta por essa expressão, e que na sua existência castrada pelo mal de que foi vitima em criança, via finalmente a hipótese de usar essa palavra nos outros, na esperança infundada de conseguir assim exorcizar os demónios que assolam a sua vida.
Passos-Coelho é uma desgraça nacional, mas é também uma vitima e como tal deve merecer também a nossa pena. Devemos ter tanta pena dele que lhe devíamos oferecer uma reforma vitalícia o mais depressa possível, aquela que é devida aos ex-governantes, para o por a andar do governo e tentar assim salvar o pouco que sobra do país!

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