René Cassin nasceu em Bayonne, França, a 5 de Outubro de 1887. Aluno brilhante no Liceu de Nice, Cassin estudou humanidades e direito na Universidade da Provença onde se doutorou em ciências políticas, económicas e jurídicas, em 1914.
Ao longo da sua carreira, Cassin foi advogado, professor, administrador e promotor. De 1909 a 1914 foi advogado no Tribunal de Paris, cargo que abandonou quando foi alistado na infantaria. Em 1916 foi gravemente ferido, tendo as mazelas do ferimento perturbado a sua saúde para o resto da vida. Nesse ano começou a ensinar direito.
Nos anos 20 ensinou em Lille e, em 1929, ocupou a cadeira de direito civil e fiscal na Universidade de Paris, cargo que manteve até à reforma. Ao nível académico, fez palestras em universidades de vários países e publicou inúmeros artigos, quase todos sobre os direitos do Homem.
Durante a segunda Guerra Mundial foi o responsável pelo ensino em França, funções que manteve depois da guerra. Durante as décadas seguintes manteve diversos cargos em instituições ligadas ao ensino e aos estudos jurídicos e diplomáticos.
Cassin passou pelo Conselho de Estado e pelo Conselho Constitucional, organismos com a máxima jurisdição legal em França. Em 1950, tornou-se presidente do Tribunal de Arbitragem de Haia e, em 1965, veio a presidir ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo. Outras das actividades de Cassin incluíram a participação em associações de apoio aos órfãos de guerra e aos veteranos de guerra deficientes. Entre 1924 e 1938 foi o delegado francês na Sociedade das Nações envolvido na comissão de desarmamento. Por várias vezes, foi delegado francês na ONU e, em particular, na UNESCO.
Cassin foi também um dos principais membros da Comissão dos Direitos do Homem da ONU, tendo tido um papel decisivo na preparação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia-Geral a 10 de Dezembro de 1948.
Em 1968 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, tendo falecido em 1976.
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