quarta-feira, maio 11, 2005

Teoria Polémica

Antes de começar a defender esta teoria polémica, deixem-me avisar que esta não pretende ser uma visão machista nem chauvinista, trata-se de um tratamento isento e desligado (científico se quiserem). Mas a sério, acho que o que vou escrever faz sentido.

A questão a que pretendo responder é: porque é que os homens tendem a ser muito mais homofóbicos do que as mulheres. Quer dizer, não tenho nada contra os homosexuais, desde que não me tentem engatar a mim, mas a verdade é que os homens tendem a ter uma reação muito mais negativa e visceral do que as mulheres. Não estou a inventar, é um facto, já falei sobre isto com muitas amigas minhas (nenhuma delas lésbica) e todas dizem que não lhes agradando muito a ideia, também nas as incomóda por ai além ver um casal de lésbicas. Já os meus amigos do sexo masculino tendem todos a descrever uma reacção bastante visceral e inconsciente à ideia de dois homens a formar um casal (a minha amostragem é pequena, poderia estar enviezada, mas não acho que seja o caso, tratam-se de ideias mais ou menos aceites pela maioria das pessoas).
Ora a leitura que eu tiro da reacção dos homens é que existe um qualquer mecanismo comportamental subjacente, um mecanismo que evoluiu no sentido de evitar a ocorrência da homosexualidade no sexo masculino. É verdade que também pode ser uma questão cultural, afinal, pelo que dizem os historiadores, na Grécia antiga as coisas não se passavam bem assim. Mas tanto quanto sei, na maioria das culturas humanas existe esta tendência para a homofobia (no sentido menos mau e mais técnico da palavra) sugerindo que o caso grego poderia tratar-se de um caso de deriva genético que levou a uma prevalência forte de um determinado alelo incomum num ou vários genes (mais uma vez, estou meramente no reino da suposição, nem sequer se sabe se esta é uma questão genética ou cultural). De facto, a situação isolada da grécia e as origens da população num conjunto de pequenos reinos muito isolados poderia criar as condições para esse tipo de fenómeno genético, de fixação de alelos incomuns.
Do ponto de vista evolutivo, é óbvio que a homosexualidade não é uma estratégia evolutivamente estável. Não é preciso ser biólogo para perceber que dois homens nunca vão deixar descendência e como tal não vão passar esse gene à geração seguinte. O problema é que o mesmo se passa com duas mulheres. Também nunca vão ter uma criança juntas. Então porque essa diferença no comportamento que ainda pode ser observada nos nossos dias?

Aqui vai então a teoria polémica. Nas sociedade humanoides primitivas, os actos sexuais eram, na sua maioria, não consensuais, isto é, a reprodução humana nessa época baseava-se na violação (claro que fora do contexto social actual essa palavra perde algum do significado que lhe damos, estou a falar de sociedades primitivas que, potencialmente, ainda não tinham desenvolvido a cultura necessária para terem um código de valores como o que temos agora, não existindo assim os conceitos de mal e bem). Pode parecer um pouco drástico, mas na verdade, não é assim tão incomum na Natureza os machos forçarem as fêmeas a praticar o acto sexual, até mesmo em animais que geralmente consideramos muito "inteligentes" como golfinhos e chimpanzés. Por outro lado, se observarmos a nossa sociedade actual, ainda vai prevalecendo o estigma de que são os homens que "engatam" as mulheres, senso menos comum o contrário. Não poderia isto ser um resquício cultural de um passado em que as relações entre os dois sexos eram muito menos amigáveis?
De acordo com esta teoria, o facto de a homosexualidade perturbar mais os homens do que as mulheres faria sentido de um ponto de vista evolutivo, visto que nessas socidades primitivas hipotéticas os machos seriam os responsáveis pela ocorrência dos actos sexuais, sendo muito favorável terem um mecanismo anti-homosexualidade para garantir que realmente acasalavam com fêmeas e deixavam descendência. Já as fêmeas teriam um papel muito mais passivo, sendo quase indiferente se apresentavam tendências homosexuais ou não, visto que poderiam, de qualquer forma, ser obrigadas a acasalar e logo continuavam a deixar descendência, não havendo motivo para a evolução desse tipo de mecanismos comportamentias ati-homosexualidade.


Espero não receber um monte de comments a chamar-me machista, homofóbico e afins. Espero que se alguém ler isto, avalie o conteúdo de uma forma lógica e critica e avalie se esta teoria não poderá mesmo explicar este curioso padrão comportmental que observamos nos nossos dias.

2 comentários:

Anónimo disse...

Já pensaste que pode ser simplesmente porque os homens (em geral) são uns orgulhosos do caraças, enquanto que as mulheres,(em geral), são muito mais tolerantes para com a diferença?

Anónimo disse...

Não poderá esta tua inquietação mental significar uma homossexualidade latente?
É que, "cientificamente falando", homem que é homem não se preocupa com estas merdas. A mim parece-me que estás é com medo de te assumires, daí, o teu problema com a opinião negativa que as pessoas possam ter relativamente aos casais homossexuais masculinos.
Sai mas é do armário e assume-te perante o mundo!