segunda-feira, agosto 23, 2010

Crocodilos à solta no Alqueva


Ultimamente os rumores à cerca da existência de crocodilos à solta na albufeira do Alqueva têm subido de tom.
Estes rumores começaram quase imediatamente depois das comportas terem sido fechadas pela primeira vez, mas foram inicialmente considerados irrelevantes, histórias parvas sem qualquer fundamento. Tudo mudou em 2008 quando turistas a bordo de um dos barcos que fazem passeios no Alqueva avistaram aquilo que foi descrito como "um largarto enorme a nadar na água". A criatura foi avistada por pelo menos 6 pessoas, as quais o descreveram como tendo "cerca de 1,5m de comprimento, pretuberâncias nas costas, coloração castanho-esverdeada e uma cauda longa que serpenteava sob as águas".
Desde então, houveram pelo menos mais seis avistamentos. Em Janeiro de 2009 um escuteiro avistou um animal estranho dentro de água, próximo de de Monsaraz. Em Abril do mesmo ano um pastor desvreveu também um "largarto grande na água" e no Verão um turista avistou aquilo que pode apenas descrever como um "pequeno crocodilo, como os da televisão". A última pessoa a avistar o animal foi um pescador da aldeia da Granja que o descreveu como tendo "pelo menos 2.5m de comprimento e uma boca enorme".
O Dr. Masero, biólogo da Universidade da Extremadura contactado à cerca deste tema, descreveu as probabilidades destes avistamentos serem reais como "pouco prováveis". Contudo, notou que existem quintas de crocodilos, onde os animais são criados para produção de carne e peles, não muito longe da região do Alqueva, não sendo impossível que um indíduo jovem pudesse te escapado. Disse ainda que "um crocodilo jovem teria pouca probabilidade de sobreviver num habitat tão diferente do seu habitat original, sem a protecção da progenitora". Ainda assim, a dúvida subsiste.
Poderá existir um crocodilo à solta nas águas do Alqueva? Poderá tal criatura ser um risco para os banhistas que nadam nas águas da albufeira? Sem uma prova física, sem ao menos uma fotografia ou filmagem do animal, é difícil comprovar esta teoria, mas um falta ainda referir um dado inquietante: desde o fecho das comportas da barragem de Alqueva, desapareceram 3 pessoas naquelas águas, duas delas crianças. Em nenhum dos casos foi encontrado qualquer vestígio, como se tivessem sido arrebatados por um predador.
Na dúvida, eu prefiro não mergulhar nas águas do Alqueva...


In "Notícias da Planicie"

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