Ontem houve um grave caso de escamoteamento por parte dos media. Este blog teve acesso, por vias enviesadas e obscuras, à completa explicação da sua derrota dada por Santana Lopes, ao saber que tinha sido totalmente enrrabado à bruta, com gravilha e sem vaselina, na eleição à Câmara de Lisboa.
Além de ter explicado que a culpa era dos comunistas, do tempo e da estação do ano, Santana Lopes incluíu também como desculpas para a sua derrota, e passo a citar "A NASA, esse organismo americano perigosamente próximo do PS, que cuidadosamente, a apenas 5 dias da eleições, anunciou a descoberta de um novo anel à volta de Saturno, o que claramente é adverso à minha candidatura tendo desviado os votos de tantos lunáticos, eleitores em Lisboa, que iriam por certo votar em mim". Santana Lopes apontou também o dedo a esse pequeno peixe comunista, de seu nome Chondrostoma olisiponensis, ou boga-de-Lisboa, que foi descrito por investigadores portugueses só nos últimos anos, o que indicía que esteve no exílio durante a última governação de Santana Lopes, possivelmente a planear o seu apoio a António Costa. O alvo seguinte foi Carlos Queirós, e volto a citar o candidato autárquico com um andar novo "esse indíviduo, um reacionário de esquerda, decidiu trazer a selecção ao Estádio da Luz e, pela primeira vez desde que é seleccionador, conseguir uma vitória decente, a escassas horas da eleição, obviamente com o plano de puxar os votos dos adeptos do Benfica e da Selecção Nacional para o lado do actual autarca, António Costa". Santana Lopes terá então acabado a sua intervenção, ainda debaixo de um inacreditável desprezo por parte dos media, fazendo notar que "A Maya, no fim de semana passado na Kapital, entre dois Vodkas e um Martini, avisou-me que a fase da lua e o ascendente do signo de Camaleão Político não me eram favoráveis e eu próprio notei que a oscilação mensal da Corrente do Golfo e a posição geográfica do anticiclone dos Açores me poderiam prejudicar neste domingo, pelo que a data das eleições foi claramente escolhida para me prejudicar, assim explicando esta derrota, que no fundo foi só por meia dúzia de votos, mais 15.000 menos 15.000."
A realidade é sempre mais estranha que a ficção.
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