Depois da batalha. Espalhado o sangue pelos campos, decepados os braços e pernas, sofridas as mortes e os ferimentos, o soldado, um dos poucos sobreviventes da matança ergueu-se com esforço por entre escombros chamuscados e corpos ensanguentados, esfregando ainda a fuligem que, misturada com as lágrimas lhe fazia arderem os olhos.
Olhou o céu de Outono, cinzento com laivos azuis, e penso para consigo: Poderei eu um dia ter uma vida normal?
Mais um blog despretensioso que pretende deixar mais algumas ideias à solta na net. Nunca se sabe quem as irá apanhar...
sexta-feira, novembro 30, 2007
terça-feira, novembro 20, 2007
Toda a verdade sobre o novo aeroporto
Não é ser mete nojo, mas vejam só esta interessantíssima reportagem da SIC. Digo-o eu que sou "completamente imparcial".
São os meus 15 segundos de fama, pronto. Se servir um pedacinho que seja para evitar a construção do aeroporto num local absurdo, terá valido a pena.
São os meus 15 segundos de fama, pronto. Se servir um pedacinho que seja para evitar a construção do aeroporto num local absurdo, terá valido a pena.
terça-feira, novembro 13, 2007
Toda a verdade sobre um doutoramento
Imagino que qualquer pessoa que faz um doutoramento passa uma parte considerável do seu tempo a pensar se os possíveis ganhos que advenham de um doutoramento algumas vez valerão os sacrifícios que ele acarreta. A resposta é só uma, um sonoro e cáustico NÃO. Claro que há bons momentos, há alegrias, muitas coisas até fazem valer a pena; contudo, nunca de forma alguma tudo isso compensa os sacrifícios. O stress acumulado que potencialmente ficará para toda a vida, os maus tratos à nossa saude, os maus tratos à nossa vida social, o tempo perdido a trabalhar que puderia ser usado para viver, os muitos momentos de descrença, a dúvida como forma de vida, a certeza de que tudo isto não virá a ser compensado por benefícios significativos à nossa vida.
Hoje apanhei-me a pensar, o que é que o doutoramento alguma vez fez por mim? Em que é que ele alguma vez contribuiu para a minha felicidade? Se eu não fosse tão teimoso e incapaz de deixar coisas a meio acho que tinha acabado com o doutoramento logo ali. Continuei e horas depois recebo um telefonema de um jornalista da SIC, interessado em me fazer perguntas sobre o meu trabalho, devido ao seu potencial impacto na escolha do local do novo aeroporto de Lisboa. Pronto, esta foi uma dessas raras ocasiões de satisfação, afinal o meu trabalho até tem, por vezes, alguma utilidade...
Enfim, dizem os autores da BD que aqui coloquei que fazer um doutoramento é viver num limbo. É a verdade.
Um conselho a eventuais leitores: Não se metam num doutoramento nem que disso dependa a vossa vida!
Hoje apanhei-me a pensar, o que é que o doutoramento alguma vez fez por mim? Em que é que ele alguma vez contribuiu para a minha felicidade? Se eu não fosse tão teimoso e incapaz de deixar coisas a meio acho que tinha acabado com o doutoramento logo ali. Continuei e horas depois recebo um telefonema de um jornalista da SIC, interessado em me fazer perguntas sobre o meu trabalho, devido ao seu potencial impacto na escolha do local do novo aeroporto de Lisboa. Pronto, esta foi uma dessas raras ocasiões de satisfação, afinal o meu trabalho até tem, por vezes, alguma utilidade...
Enfim, dizem os autores da BD que aqui coloquei que fazer um doutoramento é viver num limbo. É a verdade.
Um conselho a eventuais leitores: Não se metam num doutoramento nem que disso dependa a vossa vida!
O teste INTJ
Segundo o teste INTJ eu sou assim:
Sendo descrito pela fórmula: 56% Introvertido, 12% Sensitivo, 25% Pensativo, 1% Julgador
O mais cómico é que segundo este teste eu estou especialmente apto para uma carreira em gestão ou contabilidade. Ainda bem que eu não acredito muito em psicologia... Pelo menos na deste tipo!
- moderately expressed introvert
- slightly expressed sensing personality
- moderately expressed thinking personality
- slightly expressed judging personality
Sendo descrito pela fórmula: 56% Introvertido, 12% Sensitivo, 25% Pensativo, 1% Julgador
O mais cómico é que segundo este teste eu estou especialmente apto para uma carreira em gestão ou contabilidade. Ainda bem que eu não acredito muito em psicologia... Pelo menos na deste tipo!
sexta-feira, novembro 09, 2007
O vôo do pardal
Hoje apeteceu-me voar. Ia no autocarro aos trambolhões, por entre os sobe-e-desces das sete colinas de Lisboa quando avistei um pequeno pardal, senhor no seu domínio dos céus. Senti inveja, uma inveja intensa, quase infinita. Quis logo ali sair do autocarro. Quis que me nascessem asas nos braços, que o meu corpo se revestisse de penas. Quis fazer do ar o meu palco e nele desenhar as mais belas acrobacias. Quis voar, esvoaçar, planar, dançar no ar, sobre as árvores e sobre os prédios.
Enfim, hoje apeteceu-me voar, mas tive de me contentar, e caminhar.
Enfim, hoje apeteceu-me voar, mas tive de me contentar, e caminhar.
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