Mais um blog despretensioso que pretende deixar mais algumas ideias à solta na net. Nunca se sabe quem as irá apanhar...
quinta-feira, agosto 30, 2007
terça-feira, agosto 28, 2007
Por uma nova literatura...
Nao sei porque tenho por vezes o instinto de tentar explorar questoes dificeis da natureza humana, porque procuro por vezes respostas inexistentes para as mais temiveis inquietacoes do nosso ser, quando essas inquietacoes nao fazem sequer parte da minha vida actual. Penso que algures la no fundo tenho algo de filosofo. De filosofo ou de poeta. Por isso, apesar de já alguém que gosta muito de mim me ter aconselhado por vezes a nao me inquietar com inquietacoes que nao sao minhas, vou questionar mais um capitulo da vivencia humana.
Nada existe de mais tipico na literatura, ou no cinema, do a clássica prova de amor pela morte. Isto é, na literatura, a prova de amor clássica é: "eu morria por ti"... Contudo, faz isto algum sentido? O que é que essa frase prova? Um amor e devocao inquebraveis, ou uma enorme cobardia e egoismo?
Eu morria por ti... diz o herói vitoriano. Morreste, pronto e agora? Depois desse sacrificio maior, o dito Romeu está morto, livre de todas as dores e sofrimentos terrenos, livre de todos os problemas e preocupacoes. Já aqueles que ele deixou para trás, nomeadamente o alvo desse amor inquebrantável, ficaram para sempre com o fardo dessa morte para lidar, com a solidao, com o sentimento de culpa, com a dor, com o luto e possivelmente com o continuar dos problemas que levaram a essa morte, pois achar que a nossa morte vai resolver algum problema deste mundo, por simples que ele parece, e pura megalomania.
Eu digo-vos o que tal morte seria: seria cobardia, seria fuga dos problemas, seria tudo menos um acto de amor.
Querem saber qual eu acho que seria a frase correcta para colocar no tal tipico diálogo literário? Seria algo com: "por ti, eu sofria em cada dia da minha vida as tuas dores, até ao ultimo dos meus dias".
Vá, agora caros escritores vao lá refazer os vossos livros...
Nada existe de mais tipico na literatura, ou no cinema, do a clássica prova de amor pela morte. Isto é, na literatura, a prova de amor clássica é: "eu morria por ti"... Contudo, faz isto algum sentido? O que é que essa frase prova? Um amor e devocao inquebraveis, ou uma enorme cobardia e egoismo?
Eu morria por ti... diz o herói vitoriano. Morreste, pronto e agora? Depois desse sacrificio maior, o dito Romeu está morto, livre de todas as dores e sofrimentos terrenos, livre de todos os problemas e preocupacoes. Já aqueles que ele deixou para trás, nomeadamente o alvo desse amor inquebrantável, ficaram para sempre com o fardo dessa morte para lidar, com a solidao, com o sentimento de culpa, com a dor, com o luto e possivelmente com o continuar dos problemas que levaram a essa morte, pois achar que a nossa morte vai resolver algum problema deste mundo, por simples que ele parece, e pura megalomania.
Eu digo-vos o que tal morte seria: seria cobardia, seria fuga dos problemas, seria tudo menos um acto de amor.
Querem saber qual eu acho que seria a frase correcta para colocar no tal tipico diálogo literário? Seria algo com: "por ti, eu sofria em cada dia da minha vida as tuas dores, até ao ultimo dos meus dias".
Vá, agora caros escritores vao lá refazer os vossos livros...
quinta-feira, agosto 23, 2007
Holandês, essa bela linguagem
Acabei de descobrir que uma das áreas de estudo do projecto em que estou a trabalhar, aqui na Holanda, tem o bonito nome de Schuilenburgsterpolder. São 22 letras, acham isto normal?
E para melhorar a coisa, pronuncia-se, mais ou menos: Xrraulénburguessterpolder...
E para melhorar a coisa, pronuncia-se, mais ou menos: Xrraulénburguessterpolder...
segunda-feira, agosto 20, 2007
Maleitas
Gostaria de agradecer do fundo do coração à Lufthansa, companhia aérea alemã que me transportou no regresso à Europa. Como não podia deixar de ser apanhei uma pujante virose a bordo e aqui ando à três dias a fungar e espilrar e tossir, arrastando por esta desgraçada Holanda uma febre uma carga de virus que só visto...
O conceito é simples. Colocam-se umas duzentas pessoas no espaço confinado do avião e recicla-se o ar durante a viajem inteira, de modo a que ao chegarem ao destino já todas respiraram o mesmo ar umas 800 vezes... junte-se a isto as agressões naturais de uma viajem, sejam elas variações bruscas de temperatura e de pressão, o stress da viagem, pouco sono ou alimentação menos que ideal que deixam o corpo mais susceptível aos vírus. É certo e sabido que pelo menos uma pessoa das 200 vai estar doente, é certo que vai propagar o vírus pelos outros 199... e aqui estou eu, à beira do delírio, com 38,5º de febre. Aaaaatchiimm!!
O conceito é simples. Colocam-se umas duzentas pessoas no espaço confinado do avião e recicla-se o ar durante a viajem inteira, de modo a que ao chegarem ao destino já todas respiraram o mesmo ar umas 800 vezes... junte-se a isto as agressões naturais de uma viajem, sejam elas variações bruscas de temperatura e de pressão, o stress da viagem, pouco sono ou alimentação menos que ideal que deixam o corpo mais susceptível aos vírus. É certo e sabido que pelo menos uma pessoa das 200 vai estar doente, é certo que vai propagar o vírus pelos outros 199... e aqui estou eu, à beira do delírio, com 38,5º de febre. Aaaaatchiimm!!
domingo, agosto 19, 2007
Hands-free technology
Hoje em dia a tecnologia toma conta de tudo, dos telefones, dos computadores, qualquer dia até os carros são hands-free. Ora agora... acompanhem este meu raciocínio. A ideia é que com o equipamento hands-free podemos ter as mãos livres (coo o próprio nome indica) para fazer aquilo que realmente importa, que obviamente não é falar ao telefone. Agora eu pergunto, se essa outra coisa é suficientemente complexa para nos ocupar as duas mãos, não seria talvez boa ideia ocupar também o cérebro com ela?
sexta-feira, agosto 17, 2007
sexta-feira, agosto 10, 2007
Know your religion
Do you not know that the unrighteous will not inherit the Kigdom of God? Do not be led astray; neither fornicators nor idolaters, nor adulters nor effeminate nor homosexuals.
Nor thieves nor covetours, not drunkards, not revilers, nor the rapacious will inherit the Kingdom of God
Nor thieves nor covetours, not drunkards, not revilers, nor the rapacious will inherit the Kingdom of God
Corinthians 6:9-10
Ficamos assim a saber que, segundo a bíblia, a homossexualidade, a idolatria, a fornicação e o alcoolismo são crimes mais graves, aos olhos de Deus, do que o homicídio...
quinta-feira, agosto 09, 2007
Gollum's Song
Esta música faz parte da banda sonora do segundo filme do senhor dos anéis, "As Duas Torres". Segundo consta na net, era a Björk que ia cantar esta canção, mas estava na altura numa fase asientada de gravidez pelo que tiveram de procurar uma substituta, tendo sido escolhida esta Emiliana Torrini, cantora italiana que aqui podemos ouvir. Uma substituta à altura eu dizia. Uma bela música e uma excelente voz.
quarta-feira, agosto 08, 2007
New York, New York
Ponham de parte filosofias, ideologias e preconceitos. Esqueçam ideias pré-feitas e obsessões. Se um dia tiverem oportunidade de visitar New York, corram, saltem, voem até lá, nem que seja só por um dia ou dois. É uma experiência única, inesquecível e imprescindível!
A sério, é uma cidade absolutamente extraordinária. Desde o buliço infernal na imensa sala principal da estação de Grand Central, ao calor sufocante do Subway; desde o inevitável torcicolo de quem passa um dia a olhar maravilhado para cima até às inevitáveis dores de pés que vão sentir depois de palmilharem esta cidade tão enorme, mas também tão misteriosamente bem feita para passear pé.
Passem pelo Central Park, desçam até ao Batery Park para avistar ao longe a Lady Liberty, caminhem pelo Financial District até vos doer o pescoço de tanto olhar para a altura impossível dos prédios. Vão até Canal Street comprar relógios baratos, passeiem por Chinatown à cata de vegetais estranhos, sumos de coco acabado de abrir na rua e sapos vivinhos prontos para irem para a sopa. Ainda em Chinatown, provem alguns Dim Sum, depois dêem um salto a Little Italy e comam um belo gelado italiano para sobremesa, ou ouçam uma competição de cantores de ópera nas ruas, rodeados da habitual massa de pessoas que falam virtualmente todos os idiomas do mundo à vossa volta.
Apreciem uma banda de jazz que toca num qualquer parque da cidade, ou vejam um malbarista a lançar no bolas, pedras, facas, skates e vá-se-lá saber mais o que... E acima de tudo apreciem bem a incrível multi-culturalidade desta cidade feita de pessoas de todos os cantos do mundo. Os Estados Unidos podem ser uma nação racista e xenófoba, mas não é esse o caso de New York.
Depois passeiem pelo SoHo e por Greenwich Vilage, ou dêem um salto a Eastern Village e apreciem o aspecto simpático dos bairros mais acolhedores de New York, com os seus pequenos cafés e bares e pequenas lojas pelas ruas. Para comer vão onde quiserem, comida boa é o que não falta, vinda de todo o mundo, mas não deixem de comer um Hot Dog e um Pretzel comprados nas ruas, fazem parte da experiência novaiorquina, assim como um pequeno almoço de Baggels com cream cheese.Para acabar, não deixem de visitar o Empire State Building. Eu fui lá de noite, como podem ver na foto. Ver aquela cidade lá do alto é uma experiência arrepiante. Ali sim sentimos por um momento que estamos no topo do mundo. Por uns segundos percebemos porque razão os americanos se acham os maiores. Depois descemos, apanhamos um taxi conduzido por um Bangladeshe que tem um irmão a viver em Portugal e percebemos a realidade. New York não é americana, nunca foi. Nasceu Nieuwe Amsterdaam, assente pelos Holandeses sobre a desgraça dos indios americanos. Depois vieram os ingleses e depois vieram todas as nacionalidades do mundo, cada uma contribuindo um pouco para esta cidade que é em todos os aspectos o centro do mundo. New York é de nós todos, não tem nacionalidade. Vão lá e vejam por vocês!
A sério, é uma cidade absolutamente extraordinária. Desde o buliço infernal na imensa sala principal da estação de Grand Central, ao calor sufocante do Subway; desde o inevitável torcicolo de quem passa um dia a olhar maravilhado para cima até às inevitáveis dores de pés que vão sentir depois de palmilharem esta cidade tão enorme, mas também tão misteriosamente bem feita para passear pé.
Passem pelo Central Park, desçam até ao Batery Park para avistar ao longe a Lady Liberty, caminhem pelo Financial District até vos doer o pescoço de tanto olhar para a altura impossível dos prédios. Vão até Canal Street comprar relógios baratos, passeiem por Chinatown à cata de vegetais estranhos, sumos de coco acabado de abrir na rua e sapos vivinhos prontos para irem para a sopa. Ainda em Chinatown, provem alguns Dim Sum, depois dêem um salto a Little Italy e comam um belo gelado italiano para sobremesa, ou ouçam uma competição de cantores de ópera nas ruas, rodeados da habitual massa de pessoas que falam virtualmente todos os idiomas do mundo à vossa volta.
Apreciem uma banda de jazz que toca num qualquer parque da cidade, ou vejam um malbarista a lançar no bolas, pedras, facas, skates e vá-se-lá saber mais o que... E acima de tudo apreciem bem a incrível multi-culturalidade desta cidade feita de pessoas de todos os cantos do mundo. Os Estados Unidos podem ser uma nação racista e xenófoba, mas não é esse o caso de New York.
Depois passeiem pelo SoHo e por Greenwich Vilage, ou dêem um salto a Eastern Village e apreciem o aspecto simpático dos bairros mais acolhedores de New York, com os seus pequenos cafés e bares e pequenas lojas pelas ruas. Para comer vão onde quiserem, comida boa é o que não falta, vinda de todo o mundo, mas não deixem de comer um Hot Dog e um Pretzel comprados nas ruas, fazem parte da experiência novaiorquina, assim como um pequeno almoço de Baggels com cream cheese.Para acabar, não deixem de visitar o Empire State Building. Eu fui lá de noite, como podem ver na foto. Ver aquela cidade lá do alto é uma experiência arrepiante. Ali sim sentimos por um momento que estamos no topo do mundo. Por uns segundos percebemos porque razão os americanos se acham os maiores. Depois descemos, apanhamos um taxi conduzido por um Bangladeshe que tem um irmão a viver em Portugal e percebemos a realidade. New York não é americana, nunca foi. Nasceu Nieuwe Amsterdaam, assente pelos Holandeses sobre a desgraça dos indios americanos. Depois vieram os ingleses e depois vieram todas as nacionalidades do mundo, cada uma contribuindo um pouco para esta cidade que é em todos os aspectos o centro do mundo. New York é de nós todos, não tem nacionalidade. Vão lá e vejam por vocês!
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