Mais um blog despretensioso que pretende deixar mais algumas ideias à solta na net. Nunca se sabe quem as irá apanhar...
domingo, outubro 30, 2011
Piscares de Olho - LXI
sexta-feira, outubro 28, 2011
Liberdade...
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer !
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não !
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
segunda-feira, outubro 24, 2011
domingo, outubro 23, 2011
Piscares de Olho - LX
quarta-feira, outubro 19, 2011
A razão porque me chovia em cima!
Everybody's saying that it's alright
Still I can't close my eyes
I'm seeing a tunnel at the end of all these lights
Where have you gone?
I get the strangest feeling
You belong
Is it because I lied when I was seventeen?
Why does it always rain on me?
Even when the sun is shining
I can't avoid the lightning
I'm being held up by an invisible man
Still life on a shelf when
I got my mind on something else
Oh, where have you gone?
I get the strangest feeling
You belong
Is it because I lied when I was seventeen?
Why does it always rain on me?
Even when the sun is shining
I can't avoid the lightning
And why is it raining so cold?
It's so cold
Everybody saying that it's alright
Still I can't close my eyes
I'm seeing a tunnel at the end of all these lights
Oh, where have you gone?
I get the strangest feeling
You belong
Is it because I lied when I was seventeen?
Why does it always rain on me?
Even when the sun is shining
I can't avoid the lightning
Why is it raining so cold?
So cold
Is it because I lied when I was seventeen?
Why does it always rain on me?
Even when the sun is shining
I can't avoid the lightning
Why does it always rain on?
Ohh
terça-feira, outubro 18, 2011
The Big Year
segunda-feira, outubro 17, 2011
Migração
domingo, outubro 16, 2011
Landslide
I climbed a mountain, I turned around
And I saw my reflection in a snow covered hill
'til a landslide brought it down
Oh, mirror in the sky, what is love?
Can the child within my heart rise above?
Can I sail through the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?
Well, I've been afraid of changing cause I've
Built my life around you
Time makes you bolder
Even children get older
And I'm getting older, too
I'm getting older, too
I took my love and took it down
I climbed a mountain, I turned around
And if you see my reflection in the snow covered hill
The landslide brought it down
The landslide brought it down
Piscares de Olho - LIX
sexta-feira, outubro 14, 2011
A verdade da mentira
quarta-feira, outubro 12, 2011
A Noite Estrelada
domingo, outubro 09, 2011
Piscares de Olho - LVIII
terça-feira, outubro 04, 2011
FMI sofre...
segunda-feira, outubro 03, 2011
As sangrias e outras falácias
Os médicos chegaram a acreditar que pela retirada do sangue dos pacientes poderiam purgar os “humores” diabólicos que, pensavam eles, eram causadores das doenças. Na realidade, é claro, tudo o que a sangria fazia era tornar o paciente mais fraco e com maior chance de sucumbir.
Felizmente, os médicos já não acreditam que sangrar os doentes vai torná-los saudáveis. Infelizmente, muitos dos que fazem a política económica ainda acreditam. E a sangria económica não está apenas a infligir vastas dores; está a começar a minar as nossas perspectivas económicas de longo prazo.
Algumas informações: no último ano e meio, o discurso político, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, tem sido dominado por pedidos de austeridade fiscal. Ao cortar os gastos e reduzir os défices, disseram-nos, as nações poderiam restaurar a confiança e promover o renascimento económico.
E a austeridade tem sido real. Na Europa, nações com problemas como a Grécia e a Irlanda, impuseram cortes selvagens, enquanto nações mais fortes impuseram programas mais suaves de austeridade. Nos Estados Unidos, o modesto estímulo federal de 2009 extinguiu-se, enquanto governos estaduais e locais cortaram os seus orçamentos, de forma que no conjunto tivemos de facto um movimento em direção à austeridade não muito diferente do da Europa.
O estranho, no entanto, é que a confiança na economia não aumentou. De tal forma que empresas e consumidores parecem muito mais preocupados com a falta de clientes e de empregos, respectivamente, do que se sentem seguros com o rigor fiscal dos seus governos. E o crescimento parece que se afoga, enquanto o desemprego permanece desastrosamente alto dos dois lados do Atlântico.
Mas, dizem os apologistas dos resultados ruins obtidos até agora, não deveríamos focar-nos no longo prazo em vez do curto prazo? Na verdade, não: a economia precisa de ajuda real agora, não de recompensas hipotéticas dentro de uma década. De qualquer forma, os dados começam a emergir sugerindo que os problemas de “curto prazo” da economia — agora no seu quarto ano e tornados piores pelo foco na austeridade — estão a custar também às perspectivas de longo prazo.
Considerem, em particular, o que está a acontecer com a base manufactureira dos Estados Unidos. Em tempos normais, a capacidade industrial cresce de 2 a 3 por cento por ano. Mas, diante de uma economia persistentemente fraca, a indústria tem reduzido, não aumentado, a sua capacidade de produção. Agora, de acordo com estimativas do Banco Central [dos Estados Unidos], a capacidade está quase 5 por cento menor do que era em Dezembro de 2007.
O que isso significa é que, quando a economia real finalmente recuperar, vai enfrentar falta de capacidade e gargalos de produção muito mais cedo do que deveria. Ou seja, a economia fraca, que é parcialmente resultante dos cortes no orçamento, está causando danos futuros, além dos presentes.
Além disso, o declínio na capacidade de produção é apenas a primeira das más notícias. Cortes similares vão provavelmente acontecer no sector de serviços — na verdade, já podem estar em andamento. E com o desemprego de longo prazo no seu ponto mais alto desde a Grande Depressão, existe o risco real de que os desempregados vão ser considerados como não-empregáveis.
Ah, e o forte dos cortes em gastos públicos está a ser feito na educação. De alguma forma, demitir centenas de milhares de professores não parece ser uma boa forma de garantir o futuro.
Na verdade, quando se combina os crescentes indícios de que a austeridade fiscal está a reduzir as nossas perspectivas de futuro, com as taxas de juro bem baixas nos papéis da dívida dos Estados Unidos, é difícil evitar uma conclusão surpreendente: a austeridade pode ser contraproducente mesmo do ponto de vista puramente fiscal, já que crescimento menor no futuro significa menor recolha de impostos.
O que deveria estar a acontecer? A resposta é que precisamos de um grande empurrão para fazer a economia mover-se, não numa data futura, mas agora. No presente, precisamos de mais, não de menos gastos governamentais, apoiados por políticas agressivamente expansivas do Banco Central e das suas contrapartes fora dos Estados Unidos. E não são apenas economistas teimosos que estão a dizer isso; empresários como Eric Schmidt, do Google, estão a dizer a mesma coisa, e o mercado de acções, ao comprar dívida dos Estados Unidos a juros tão baixos, está para todos os efeitos a pedir uma política mais expansiva [do Banco Central].
Para ser justo, alguns formuladores da política parecem entender isso. O novo plano de emprego do presidente Obama é um passo no caminho certo, enquanto alguns membros do Banco Central americano e do Banco da Inglaterra — mas, infelizmente, não do Banco Central Europeu — têm sugerido políticas muito mais orientadas para o crescimento.
No entanto, realmente precisamos é convencer um número substancial de pessoas com poder político e influência de que elas gastaram o último ano e meio a ir na direcção errada, e que elas precisam fazer uma viragem de 180 graus.
Não vai ser fácil. Mas, até que se faça a viragem, a sangria — que está a tornar a nossa economia mais fraca agora, colocando o futuro, ao mesmo tempo, em risco — vai continuar.