Mais um blog despretensioso que pretende deixar mais algumas ideias à solta na net. Nunca se sabe quem as irá apanhar...
terça-feira, maio 31, 2011
domingo, maio 29, 2011
Piscares de Olho - XXXIX
sábado, maio 28, 2011
Més que un club
O grande Edwin van der Sar
In Publico
quinta-feira, maio 26, 2011
quarta-feira, maio 25, 2011
A filosofia da vida
terça-feira, maio 24, 2011
Sleepers, by Los Stompers
segunda-feira, maio 23, 2011
Soa a algo familiar?
domingo, maio 22, 2011
Piscares de Olho - XXXVIII
sexta-feira, maio 20, 2011
Do the evolution
terça-feira, maio 17, 2011
Não percebo as pessoas que votam PS ou PSD/CDS
segunda-feira, maio 16, 2011
O melhor sumo do Mundo!
Para mim, o Compal de maracujá é o melhor sumo do Mundo. É perfeito. Tem a proporção certa de sabor doce misturado com a acidez do maracujá. E o sabor é idêntico ao sumo de maracujá natural que bebi em África, quando visitei o Uganda em 2001.
domingo, maio 15, 2011
Piscares de Olho - XXXVII
sexta-feira, maio 13, 2011
Zé Pedro
quarta-feira, maio 11, 2011
Parabéns, mensageiro!
terça-feira, maio 10, 2011
Algumas palavras do grande Noam Chomsky...
Noam Chomsky: “A minha reacção à morte de Osama bin Laden"
Fica cada vez fica mais evidente que a operação foi um assassinato planeado, violando as normas elementares do direito internacional de múltiplas formas. Aparentemente não houve qualquer tentativa de prender a vítima desarmada, o que presumivelmente 80 soldados poderiam ter feito, já que virtualmente não enfrentaram oposição – excepto, como afirmam, a da esposa de Osama bin Laden, que se atirou contra eles.
Em sociedades que professam algum respeito pela lei, os suspeitos são detidos e levados a um julgamento justo. Sublinho a palavra "suspeitos". Em Abril de 2002, o chefe do FBI, Robert Mueller, informou a imprensa que, depois da investigação mais intensiva da história, o FBI só podia dizer que "acreditava" que a conspiração fora tramada no Afeganistão, embora tenha sido implementada nos Emirados Árabes Unidos e na Alemanha.O que apenas acreditavam em Abril de 2002, obviamente não sabiam 8 meses antes, quando Washington desdenhou de ofertas exploratórias dos talibans (não sabemos a que ponto eram sérias, pois foram descartadas imediatamente) de extraditar Bin Laden se lhes fosse apresentada alguma prova, que, como logo descobrimos, Washington não tinha. Portanto, Obama simplesmente mentiu quando disse, na sua declaração da Casa Branca, que "rapidamente soubemos que os ataques de 11 de Setembro de 2001 foram realizados pela al-Qaeda”.
Desde então não revelaram mais nada sério. Há muita conversa sobre a "confissão" de Bin Laden, mas é como se eu confessasse que venci a Maratona de Boston. Bin Laden alardeou aquilo que considerava um grande feito.
Também há muita discussão sobre a cólera de Washington contra o Paquistão, por este não ter entregado Bin Laden, apesar de elementos das forças militares e de segurança seguramente estarem informados de sua presença em Abbottabad. Fala-se menos da cólera do Paquistão por ter tido o seu território invadido pelos Estados Unidos para realizarem um assassinato político. O fervor anti-americano já é muito forte no Paquistão, e estes acontecimentos vão provavelmente exacerbá-lo. A decisão de lançar o corpo ao mar já está a provocar, previsivelmente, cólera e cepticismo em grande parte do mundo muçulmano.
Poderíamos perguntar-nos como reagiríamos se comandos iraquianos aterrassem na mansão de George W. Bush, o assassinassem e lançassem o seu corpo no Atlântico. Indiscutivelmente, os seus crimes excederam muito os de Bin Laden, e Bush não é um "suspeito", mas, sem qualquer dúvida, o “decisor” que deu as ordens para cometer o "supremo crime internacional, que difere só de outros crimes de guerra por conter em si o mal acumulado da totalidade" (citando o Tribunal de Nuremberga), pelo qual foram enforcados os criminosos nazis: as centenas de milhares de mortes, os milhões de refugiados, a destruição de grande parte do Iraque, o encarniçado conflito sectário que agora se espalhou ao resto da região.
Há também mais coisas a dizer sobre Bosch (Orlando Bosch, o terrorista que explodiu um avião cubano), que acaba de morrer pacificamente na Flórida, e sobre a "doutrina Bush" de que as sociedades que abrigam terroristas são tão culpadas quanto os próprios terroristas, e que é preciso tratá-las da mesma maneira. Parece que ninguém se deu conta de que Bush estava a conclamar à invasão e à destruição dos Estados Unidos e ao assassinato do seu criminoso presidente.
O mesmo passa com o nome escolhido: Operação Jerónimo. A mentalidade imperial é tão profunda, em toda a sociedade ocidental, que ninguém se apercebe que estão a glorificar Bin Laden, ao identificá-lo com a valorosa resistência aos invasores genocidas. É como baptizar as nossas armas assassinas com os nomes das vítimas dos nossos crimes: Apache, Tomahawk [nomes de tribos indígenas dos Estados Unidos]. É como se a Luftwaffe desse aos seus caças nomes como "Judeu", ou "Cigano".Há muito mais a dizer, mas mesmo os factos mais óbvios e elementares deveriam dar-nos muito que pensar.
Publicado no Guernica Magazine.
domingo, maio 08, 2011
Piscares de Olho - XXXVI
quinta-feira, maio 05, 2011
Sampson fox found near Amareleja, Portugal
Today I thought I had suddenly entered the fifth dimension when a local farmer came to me with cell phone photos of what he called a "chupacabra". I eared about the myth of a canine like animal that drinks the blood of other animals, somewhere in the southern United States or in Central America, but never really believed any of it much. Anyway, this is Europe, except for the Loch Ness monster we wiped out any chance for mythical animals in the old country, so I didn't expect to find any thing too extraordinary even in this remote area of Portugal.
The photos were very strange, it looked like some wierd mix between a hairless rabbit, a cat and a very weird kangaroo. My first thought was that they were messing with me, they took some photos from the web and were pulling my leg with them. Still, when I asked where was this strange animal, they said their dog had killed it and they had the corpse on their farm.
Of course I couldn't resist my curiosity and went along to see what they had found. When we got to the farm, they took me straigth to an old olive tree where they hanged the beast. When I looked at it, I immediately realized too things, it was quite real, but it was probably just a very strange fox. I went over the stange creature and both its size, general body shape and dentition clearly indicated a red fox, only this was a completely hairless fox.
As you can see on the photo, this fox seems to lack nearly all body hair, and seems to have extra large ears. I had no idea if this was some kind of strange disease or just a genetic mutation, but I brought back the corpse and took a better look at it in the lab. Fully convinced that it was indeed just an ordinary red fox lacking its fur, I started investigating this on the web. Apparently, this is a rare mutation that affects red foxes, known as Sampson, that generates individuals that lack their protective coat of hair. These foxes usually survive as long as they live in a warm area or are able to find warm places to hide during the night. Because of the extra energy-demand of being hairless they tend to be more voracious than other foxes and they need to hunt during the day, to avoid the cold of the night.
I have no idea whether Sampson foxes had been detected before in Portugal, and if anyone is interested in this specimem do contact me. I can give you further details on this. Fell free to spread this information to anyone who might be interested in this observation, they can contact me via email: p.m.g.lourenco@gmail.com
quarta-feira, maio 04, 2011
Greed is not the answer...
terça-feira, maio 03, 2011
O manifesto que faz falta...
Como cientistas sociais que partilham valores de democraticidade e de justiça social, temos estado atentos a esta crise económica internacional multifacetada e com consequências profundamente negativas no que diz respeito ao Progresso da Humanidade.
Vive-se, na Europa e nos Estados Unidos da América, um tempo de crise económica e social profunda, onde o impacto dos mercados financeiros internacionais e da especulação nas economias nacionais se apresenta como fortemente comprometedor não apenas da retoma económica, mas também, não só da estabilidade democrática, como do aprofundamento da democracia e, consequentemente, do bem-estar social.
Às elevadas taxas de desemprego, à precariedade e volatilidade do mercado de trabalho, resultado de políticas neoliberais protectoras e favorecedoras dos interesses do grande capital, os políticos têm vindo a responder com medidas de combate à crise profundamente fragilizadoras das classes de menor estatuto social e económico, mas sem impacto na resolução dessa mesma crise, servindo apenas para “acalmar” o apetite dos mercados financeiros internacionais através do pagamento de elevados e injustificados juros cobrados às frágeis economias nacionais. Estas medidas são apresentadas às opiniões públicas como as únicas verdadeiramente eficazes para minorar os efeitos da voracidade dos mercados financeiros internacionais desregulados, omitindo o papel daqueles na emergência e aprofundamento da crise. Esta é declarada e assumida pelos governantes e por muitos economistas como se de uma fatalidade se tratasse. Ao mesmo tempo, propaga-se a ideia (ideologia) da inviabilidade de alternativas, a par da fragilização, no caso Europeu, do seu Modelo Social assente na redistribuição económica alegando a sua insustentabilidade a médio e longo prazo e a sua subalternização à Europa da Concorrência.
Acentua-se a responsabilidade individual e a desresponsabilização do Estado face aos grupos sociais mais vulneráveis, reduzindo as oportunidades para se realizarem enquanto cidadãos, beneficiando os mais poderosos em prejuízo dos mais desfavorecidos.
O ataque ideológico ao Modelo Social Europeu é um ataque ao mundo, dado que aquele é o modelo-padrão a partir do qual se constroem as aspirações dos cidadãos das nações emergentes e as novas formas de organização social que urge construir nesses países para redistribuir a crescente riqueza de que poucos usufruem.
As suas consequências são o paulatino desmantelamento das protecções sociais que (ainda) limitam os danos da pobreza e da exclusão social pondo em causa o contrato social que fundamenta a democracia. Às grandes desigualdades de distribuição de rendimento existentes nos países emergentes, perpetuadoras de inúmeras vidas imersas na mais profunda pobreza, juntam-se as novas situações, nos países mais ricos, onde o nível de riqueza cresce ao mesmo tempo que o número de pobres.
É em períodos de crise que se constroem alternativas de futuro. Todos os que se sentem interpelados, descontentes e explorados não podem ser mobilizados pelo “medo” para soluções autoritárias. E corre-se esse perigo. Por isso, é este o momento certo para que os cientistas sociais, que se ocupam de analisar, de procurar compreender e de sistematizar conhecimento sobre as sociedades, as suas dinâmicas, as suas forças e também os seus efeitos perversos, se empenhem na construção do aprofundamento da democracia. Em conjunto com todos aqueles que estão dispostos a trabalhar por um Mundo Melhor. Com todos aqueles que sabem que a democracia se inventa e se reconstrói. Outros paradigmas são possíveis, mas exigem o compromisso de todos nós, para que se diminua a distância entre governantes e governados, denunciada há tantos anos por Bourdieu; para que seja possível, à semelhança do preconizado por Edgar Morin, resistirmos a uma ideologia dominante que tudo varre à sua frente e que apresenta como evidente e normal o que mais não é que a exploração e a desigualdade, que recusamos; para que seja possível compreender à semelhança de Cynthia Fleury, que a democracia tem que conter a crítica de si própria, de modo a que se re-inventem as regras que nos governam, impedindo a “entropia” das democracias.
Torna-se, por isso, fundamental a intervenção no espaço público, nomeadamente através da construção de um Manifesto capaz de interrogar o capitalismo desenfreado em que vivemos (e particularmente a submissão às exigências dos mercados financeiros internacionais) que sacrifica parte significativa dos seres humanos em nome do lucro exacerbado de alguns, encaminhando-os para a perda gradual dos Direitos e da Dignidade Humanos. Trata-se de um Manifesto capaz de questionar o tipo de sociedade que está a construir-se com este modelo económico e apontar para a construção de uma sociedade em que o modelo económico não faça refém a maior parte da humanidade, destruindo-lhe nomeadamente a capacidade de indignação através do aumento da insegurança e precariedade associadas ao mercado de trabalho. O papel dos e das cientistas sociais é também desconstruir as “evidências do mercado”, bem como outras ideologias tão eficazes, nomeadamente no que diz respeito à veiculação de que não existe alternativa para a actual ordem económica e social mundial.
Afirmamos, pelo contrário, que uma nova ordem económica mundial é possível: uma ordem que restitua aos seres humanos o Direito à indignação, o Direito ao trabalho, o Direito a expectativas positivas e oportunidades de vida, o Direito à Dignidade.
Propomos, por isso, a adopção mundial de medidas tendentes a diminuir o impacto social da actual crise mundial que, se consideradas pelas elites governantes mundiais, contribuirão para o incremento das economias nacionais, para restituir ao ser humano a confiança no futuro e para o aprofundamento do sistema democrático.
Uma democracia saudável é uma democracia mais deliberativa e comunicativa, em que as políticas de “redistribuição”, de “reconhecimento” e de “participação” se articulam em prol de uma justiça mais respeitadora dos direitos humanos, mais cooperativa, sem áreas marginais, tendo em vista transformar este nosso mundo numa comunidade de comunidades.
A sobreexposição da opinião pública aos economistas do regime e sua cartilha de pensamento único desvitaliza e despolitiza o espaço público, difundindo a ideia que Margaret Thatcher apregoou quando subiu ao poder e que constitui o nó górdio de todo um programa: "não há alternativa". Nos dias que correm, esta questão surge com particular intensidade no respeitante à dívida soberana. A prenoção da intocabilidade da dívida afoga todas as tentativas de a discutir enquanto instrumento privilegiado de transferência dos rendimentos do salário para o capital. Na verdade, o reescalonamento e a reestruturação da dívida deveria permitir aos países não pagarem juros extorsionários. De igual modo, afigura-se fundamental impor uma justa redistribuição dos sacrifícios, obrigando a banca (uma das principais causadoras e beneficiárias da actual crise) a pagar imposto de acordo com os lucros obtidos, a par da taxação das grandes fortunas, das mais-valias bolsistas e urbanísticas, das transferências para offshores. Finalmente, julgamos essencial que qualquer política macroeconómica calcule, de antemão, o número de pobres que vai produzir, para que se perceba e evite os danos sociais e morais da sua implementação.
A construção de um Movimento Social Internacional
Apela-se a todos os Cidadãos e Cidadãs do Mundo para aderirem a este Manifesto, em ordem a construir um Movimento Social Mundial capaz de enfrentar o actual capitalismo desenfreado que se quer fazer “senhor do mundo” e reféns as pessoas que o habitam. PELA REGULAÇÃO DEMOCRÁTICA E SOLIDÁRIA DO CAPITALISMO. PELA HUMANIDADE COM DIGNIDADE.
Almerindo Afonso (Sociólogo da educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Ana Benavente (Socióloga da educação, ICS-ULHT, Lisboa), Ana Diogo (Socióloga Universidade dos Açores). Afrânio Mendes Catâni (Sociólogo, Universidade de São Paulo, Brasil) Álvaro Borralho(Sociólogo, Universidade dos Açores), Alexandra Castro (Socióloga, CET/ISCTE), Alberto Melo(Associação in Loco e Universidade do Algarve), António Teodoro (Sociólogo da educação, Universidade Lusófona), Andrea Spini (Sociólogo, Universidade de Florença, Itália) Bernard Lahire(Sociólogo, École Normale Supérieure Lettres et Sciences Humaines, Universidade de Lyon 2, França),Carlo Catarsi (Sociólogo, Universidade de Florença, Itália) Carlos Estêvão (Sociólogo da Educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Casimiro Balsa (Sociólogo, Universidade Nova de Lisboa), Claire Auzias (Historiadora, França) Conceição Nogueira (Psicóloga Social, Escola de Psicologia, Universidade do Minho) Fátima Pereira Alves (Socióloga, Universidade Aberta),Fernando Diogo (Sociólogo, Universidade dos Açores), Filipe Carmo (Historiador), Gilberta Rocha (Socióloga, Universidade dos Açores), Giovanna Campani (Antropóloga, Universidade de Florença, Itália), Isabel Guerra (Socióloga, DINAMIA/CET, IUL/ISCTE), João Teixeira Lopes(Sociólogo, Faculdade de Letras, Universidade do Porto), Luísa Ferreira da Silva (Socióloga, ISCSP- Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa), Manuel Carlos Silva (Sociólogo, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho), Maria Alice Nogueira(Socióloga, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil) Maria José Casa-Nova (Socióloga da educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Maria Helena Cabeçadas(Antropóloga), Manuel Matos (Professor aposentado da FPCE, Universidade do Porto), Manuel Sarmento (Sociólogo, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Maurizio Matteuzzi(Filósofo, Universidade de Bologna, Itália), Michael Young (Sociólogo, da educação, institute of Education, London) Michel Messu (Sociólogo, Universidade de Nantes, França), Nancy Fraser(Henry A. & Louise Loeb Professor of Philosophy and Politics, New School for Social Research, New York, USA), Nathalie (Socióloga, Universidade de Namur, Bélgica), Paulo Pereira de Almeida(sociólogo, ISCTE, Lisboa), Pedro Silva (Sociólogo da educação, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Instituto Politécnico de Leiria), Roger Dale (Sociólogo, Universidade de Bristol, Inglaterra), Rui Brito Fonseca (Sociólogo, CIES/ISCTE-IUL) Universidade de Lisboa), Rui Canário(Sociólogo da educação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa) Rui Santiago (Professor da Universidade de Aveiro), Saniye Dedeoglu (Centre For Research in Ethnic Relations, School of Health and Social Studies, University of Warwick, Inglaterra), Sílvia Carrasco Pons (Antropóloga, Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha), David Smith (Sociólogo, Canterbury University, Kent, United Kingdom), Vitor Matias Ferreira (Sociólogo, Prof. Emérito do ISCTE) Xavier Rambla(Professor de Sociologia, Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha)
domingo, maio 01, 2011
Feliz 1º de Maio
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
[...]
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
[...]
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
[...]
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
[...]
Luís Vaz de Camões
[... e se tudo o Mundo é composto de mudança, troquemos-lhes as voltas que ainda o dia é uma criança...]