quinta-feira, maio 29, 2008

Memories in dark. Black 44'

Was it enough? It will never be enough.

Time as passed, time never enough. The stench faltered, the smoke drew nigh. Faces like bones once again regained life. How long was it? Never enough. It will never be enough.

Years have passed, minutes like drops of water cascading into the ocean, seasons shrieked; the years have passed like a freight train running wild. So many years. Never enough. It will never be enough.

The skies shivered with the cold gales of winter, the flowers smiled at a sunlit spring. How can they ever dare to shiver, how do they ever dare to smile. Death, so busy she never came. And the silence. Never enough. It will never be enough

Beneath a steel sky, the cry that came silent, asking for an understanding that would never come. A body like a feather, a man so weathered that no life bleed through the gashes upon is breast. The flesh ravaged by famine finally falling to the ground. One in thousands, one in millions, marching through the reeking stubble of a country that dreamed pain. As the battered bones, soulless, emptied of any last trace of humanity dropped dead in the ground, the shout followed.
— Saukerl juden!! The man in the black uniform look with utter disgust to the dead body, from the dead whiteness of his closed eyelids to the screaming yellow of the six pointed star so blatantly laid upon his clothes. The SS officer kicked the body of the dead Jew, until certainty screamed over is empty chest. His blue eyes cold as winter snow, his forsaken stare as dark and the deepest dungeons beneath the dimmest cave.

And more than sixty years passed, happy and sad, ugly and lovely, lively and dead. How some how life continued, existence never gave up. How can she so go forward? How can the world still go around?
Was it enough? Never enough. It will never be enough.

quarta-feira, maio 28, 2008

Recomendação literária


Recomendo a todos o livro "The Book Thief" por Markus Zusak. Não sei se existe tradução para português, mas provavelmente sim. O livro é, na minha opinião, simplesmente genial. Uma história simples, a história de uma menina alemã nos anos da guerra. Uma história bonita, mas também triste. Uma história doce, mas profunda. A história é contada pela morte, e como podem imaginar ela estava bastante ocupada nesses anos, tinha muito que fazer, e muito que contar também. Mas escolheu contar a história de uma menina, numa pequena localidade nos subúrbios de Munique, durante as agruras da segunda guerra mundial. Mis do que recomendo, ordeno: leiam!!

domingo, maio 11, 2008

Meaning of Life

Da dialetica de Socrates ao idealismo de Hegel. Do empirismo de Locke ao racionalismo de Kant. Do universo relativista de Einstein, ao mundo quantico de Plank. Das verdades de La Palice as incertezas de Heidelberg. A humanidade tem perdido o seu tempo a procurar uma pergunta, ou uma resposta para a sua verdade mais fundamental. Nos, assim como todos os seres vivos, temos como unica funcao produzir novos seres vivos. A vida origina vida e o seu proposito e a sua funcao.
Meus caros, rodeiem-se das metafisicas e filosofias que quiserem, dos ideais e dos principios, das ciencias e das matematicas que vos aproverem, mas a vossa unica utilidade neste Universo e a vossa capacidade inacta para pegar em materia amorfa e fazerem isto:


quinta-feira, maio 08, 2008

What do people do?

É uma questão pertinente. O tal sapo do trecho de texto do post anterior parece sempre saber exactamente aquilo que tem de fazer. Assim como o parecem saber as andorinhas, os gibões, os tubarões e as cegonhas. Já nós... What do people do? É uma pergunta feita pelo John Nash no filme "Uma Mente Brilhante", numa fase em que procura sem sucesso recuperar da sua esquizofrenia. Seremos nós inactamente esquizofrénicos? Será um resultado perverso da evolução desenfreado do cérebro humano? Um efeito secundário do facto de termos cabeças tão grandes que temos de nascer imensamente prematuros, mesmo assim com grande risco de vida tanto para as mães como para os fetos?
Pessoalmente, suspeito que o nosso intelecto superior é um beco sem saída evolutivo, se não nos auto-exterminarmos, num piscar de olhos de uma imensa bola de fogo nuclear, provavelmente caíremos todos na perdição das neuropatias. Afinal, pensem lá bem. What do people do?
Se temos de fazer essa pergunta é porque há algo de primordialmente errado connosco.

domingo, maio 04, 2008

Do comico ao serio ao comico em tres paragrafos (ou como eu odeio os teclados holandeses)

Tenho pena, mas hoje vou voltar aos posts aborrecidos depois da minha aventura no mundo da escrita comica, alias bem ao nivel do pior do Ricardo Araujo Pereira!!!
E que entretanto, e desculpem a ausencia de pontuacao mas o teclado foi feito para essa farsa de lingua que e o Neerlandes, acabei de ler o brilhante The Unbearable Lightness of Beeing do Milan Kundera e tenho de dizer que fiquei maravilhado. Nunca na minha vida tinha lido um livro em que o escritor retractasse, descrevesse, analisasse, esmiucasse de tal forma a existencia humana. E como se o Milan (reparem como, com algum brilhantismo, uso o nome dele para fazer uma referencia futebolistica, ligando assim este post ao anterior por motivos de continuidade literaria!), fosse capaz de ver por baixo da pele de cada uma das pessoas que conheceu ao longo da vida e compreendesse exactamente como funcionam as suas maneiras de pensar, as suas taras, os seus desejos, os seus sentimentos. Nunca tinha lido um livro que tao bem resumisse a insustentabilidade da existencia humana, a sua insustentavel leveza como ele a descreve, que no fundo e o mesmo que a minha inevitavel insatisfacao pretende resumir. E esse o grande problema dos seres humanos, nunca estao satisfeitos. Como o Milan Kundera o resume, abandonamos a circularidade de uma existencia feliz, como os outros animais tem (tanto quanto nos parece), para nos empenharmos numa existencia que funciona como uma linha recta, um eterna labuta para chegar a lado nenhum, uma infinita busca por algo que buscar, incapazes de parar por um segundo para apreciar o maravilhoso mundo em que vivemos, a maravilhosa improbabilidade da nossa existencia.
Mas voltanto ao inicio, e como exaltacao a escrita comica, que e tantas vezes aquela que mais verdades diz, deixo aqui um trecho do prefacio de um livro genial, o "Book of Animal Ignorance" escrito pelo comico britanico Stephen Fry. Qual Milan Kundera, tambem ele resume de forma brilhante a inevitavel insustentabilidade da existencia humana, ou o nosso miseravel fracasso como seres vivos, assente nas raizes da tal sapiencia que nos faz ser quem somos.

"Animal have this in common with each other; unlike humans they appear to spend every minute of every hour of every day of their lives beeing themselves. A tree-frog (as far as we can ascertain) doesn't wake up in the morning feeling guilty that it was a bad tree-frog, nor does it spend any time whishing it were a wallaby or a crane-fly., It just gets on with the business of beeing a tree-frog, a job that it does supremelly well. We humans, well... we are never content, always guilty, and rarely that good at beeing what nature asked us to be - Homo sapiens."
Stephen Fry