Domingo, 23 de Janeiro de 4677
Hoje visitamos o planeta Gedfel, um pequeno planeta num sistema ali para os lados do Enxame Central. Mal saí da nave de aplanetagem, percebi que o dia ía correr mal. Os sensores expectrais não identificaram o tipo de solo correctamente e aplanetámos num lago de areias movedicas, ainda eu não tinha descido a rampa e já a nave se tinha comecado a enterrar.
Depois de duas hora de trabalho árduo com os desmaterializadores autossincrónicos, lá conseguimos libertar as pernas de aterragem e deslocar a nave para um local mais firme.
Novamente saí da nave para a encontrar desta vez rodeada por nativos, infelizmente, alguém da equipa de navegacão cometeu um erro e estavamos no continente errado, estes eram os nativos maus, não os bons a quem iamos oferecer ajuda. Comecaram quase de imediato a disparar projecteis metálicos com pequenas armas de explosão, não fora o meu colete de policromílio assetinizado e lá teria o médico de bordo de passar umas horas a refazer novamente a minha matriz orgânica. Perante a ameca óbvia, não tivemos outra alternativa que não fosse recorrer novamente ao desmaterializador autossincrónico. Felizmente, antes de dessincronizarmos a matriz de um dos nativos alguém lembrou, bem, que desde o acidente de Marketon 3, foi proibido o uso de desmaterializadores em seres vivos orgânicos, aparentemente porque o processo pode ser excessivamente doloroso para as vítimas e também porque em pelo menos um caso um pequeno satélite foi destruído no processo. Disparamos antes a nossa arma secundária, um robot dentista autoprocessável que imediatamente desbaratou as forcas inimigas com ameacas de desvitalizacões e brocagens sem anestesia.
Rumamos finalmente ao continente certo, só para descobrir que um velho satélite de comunicacões Vespertiliano tinha caído sobre a principal cidade dos nativos bons, tendo eliminado numa onda de fogo e destruicão toda a sua jovem civilizacão numa questão de poucos minutos.
Sinceramente, à anos em que nem vale a pena não saír das câmaras de hibernacao instantânea...
Mais um blog despretensioso que pretende deixar mais algumas ideias à solta na net. Nunca se sabe quem as irá apanhar...
quinta-feira, outubro 26, 2006
sábado, outubro 21, 2006
Saudade
quinta-feira, outubro 19, 2006
Quintas-feiras Culturais XXX
Lembrei-me agora que ainda é quinta-feira, deixo-vos com Alberto Caeiro no seu melhor:
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como um malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro
É dificil encontrar às vezes essa inocência, que deixámos pelo caminho à muitos tempo. Mas às vezes encontramo-la pelo caminho, é por esses momentos preciosos que o caminho merece ser percorrido
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como um malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro
É dificil encontrar às vezes essa inocência, que deixámos pelo caminho à muitos tempo. Mas às vezes encontramo-la pelo caminho, é por esses momentos preciosos que o caminho merece ser percorrido
terça-feira, outubro 10, 2006
Slaap leker
Hoje descobri que escolhi o tema errado para a minha tese de doutoramento!!! Sim, claro, a migração das aves é um tema interessantíssimo, mas o que eu gostava mesmo era de um dia publicar um artigo nesta revista:
O meu lema seria: não chefe, não estou a dormir, estou a recolher dados para o meu próximo artigo... AHAHAHAHAH!
P.S. Fica a informação, Slaap leker é o que os holandeses diz quando quer dizer a alguém "Dorme bem".
O meu lema seria: não chefe, não estou a dormir, estou a recolher dados para o meu próximo artigo... AHAHAHAHAH!
P.S. Fica a informação, Slaap leker é o que os holandeses diz quando quer dizer a alguém "Dorme bem".
sábado, outubro 07, 2006
(in)satisfeito
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